01 março 2010

Fala mister...


Sr Rui Guimarães na minha opinião a sua observação é correcta contudo tem de haver erros para haver golos e nestas idades é que temos de os corrigir de uma forma pedagógica.
Mas cá vai a minha explicação para este tipo de lances recorrentes em qualquer escalão!
1º Ao defender como está na foto podemos cobrir, na grande maioria da vezes, o espaço (Zona) pelo qual cada elemento é responsável. Na maioria das vezes o golo surge através de movimentações e consequentes bloqueios.
2º A maior falha esta numa primeira fase na forma como cada atleta aborda o lance.
O atleta A deveria estar a cobrir a trajectória da bola se colocada ao primeiro poste ou no meio da área, contudo neste caso se o atleta estivesse um pouco mais a frente podia cobrir muito melhor o primeiro poste e ao mesmo tempo diminuir o sucesso de uma linha de passe para o meio da área.
O atleta B teria de se colocar próximo do atleta A para ajudar a controlar a linha de passe para dentro da área defender/interceptar ou recuperar a bola do jogador que normalmente chuta a baliza. Apesar da boa vontade, o atleta B está mal direccionado em relação ao seu adversário directo. Repare ele não esta a marcar o jogador que esta a espera da bola e faz o golo, porque o corpo dele esta direccionado para quem vai bater o canto.
O jogador C deve tomar conta de toda área estando preparado para fazer dobras aos colegas A e B, tem especial responsabilidade pelo segundo poste e graças a posição privilegiada pode controlar toda a movimentação da equipa adversaria servindo de voz de alerta.
Nesta situação o atleta C sai a marcar o adversário que esta na área, não esquecendo o segundo poste.
A quando do remate que deu origem ao golo com mais alguns anos de futsal e mais alguns centímetros o nosso pequeno "grande" jogador poderia fazer mais qualquer coisa!
O atleta D esta a marcar um jogador que esta longe da área de acção da bola mas pode ser peça numa jogada ensaiada.
Mais uma vez alerto que a posição do corpo não é a mais adequada.
O Guarda-Redes poderia fazer um pouco mais porque pode e deve orientar todos os colegas a sua frente para poder corrigir erros de posicionamento. Pessoalmente acho que o posicionamento também não é o mais correcto porque ao estar junto do primeiro poste o nosso guarda-redes esta a fazer exactamente o mesmo que o atleta A fechar o primeiro poste.
Um ou dois passos laterais para esquerda permitia-lhe uma maior amplitude de movimento para responder a um remate ao segundo poste.
Em suma o golo acaba por ser uma falha que resulta de três situações distintas:
  1. Uma postura errada a nível da utilização do corpo como forma de abordagem ao lance;
  2. Falta de concentração;
  3. A não correcção por parte de alguém no banco no momento certo.
Esta é a minha opinião! Espero ter ajudado!
By José Teixeira

6 comentários:

  1. Resumindo e concluindo Mister, não marcamos o adversário como devíamos (todos ou quase todos estão mal posicionados), mas é inegável que esta foto mostra os nossos rapazes a formar um quadrado na perfeição... Ironias à parte, onde queria chegar é que (sem querer culpabilizar alguém) já tínhamos a obrigação de não sofrer golos desta maneira! Não é um, não são dois nem três… são já muitos golos da mesma maneira!

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  2. Os jogadores estão todos marcados! E Sr Rui não se esqueça que o jogador B tem sempre de estar a distancia regulamentar da bola... Que muitas vezes varia de regua para regua!

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  3. Aqui está uma boa explicação teórica sobre futsal. Já consegui aprender mais alguma coisa.
    O que eu ainda não consegui compreender, (sem querer ser advogado de defesa da pessoa em causa), é as razões de tanta animosidade contra o treinador das escolinhas.
    O jovem até está a fazer um trabalho meritório. É um treinador empenhado, é dedicado, é óbvio que tem as suas limitações, (como todos os treinadores deste clube, ninguém é perfeito), mas também tem virtudes. O facto de ele despender do seu tempo pessoal, para treinar os atletas, é a sua maior virtude, a segunda, é a paciência que ele tem para aturar os pais dos atletas, dos treinadores dos outros escalões, o jovem até tem que levar com o futuro cunhado. É muita dose para um jovem só!
    Qualquer dia este jovem tem de ser alcandorado a mártir, pelos calvários passados neste clube.

    Sr. Rui Guimarães, assim como se sofre muitos golos da mesma maneira, também se marcam muitos golos da mesma maneira. E não é por isso que se vai crucificar o treinador.
    Os miúdos estão numa fase de aprendizagem, cometem e irão cometer erros crassos, (ainda no ultimo europeu o seleccionador nacional, afirmou que os jogadores cometeram erros próprios de iniciados, e estamos a falar de adultos com 15 e 20 anos de constante aprendizagem, adultos escolhidos entre os melhores jogadores nacionais), eles estão numa fase de aprendizagem, e para aprenderem têm de errar necessariamente. É tudo uma questão empírica, aprende-se com o erro. O mais importante neste caso, é o treinador falar com os atletas e explicar, (já agora, aproveita a explicação dada neste blog pelo, futuro cunhado), como se posiciona num canto e o porquê desse posicionamento. Deve ainda treinar e aferir, se os atletas compreenderam e assimilaram a informação que lhes foi passada. Isto é que é importante, agir sempre numa atitude pedagógica e construtiva para o futuro desempenho do jovem atleta.
    Os resultados são coisas do passado nestas idades.
    Em relação à crítica do José Teixeira, quero só dizer uma coisa.
    O facto de um treinador estar sempre aos gritos no jogo, não é por si só, um factor de garantia que os atletas não cometem erros, (conforme acontece nos seus jogos, quando se pede aos atletas para executarem determinada jogada, e eles 3 segundos depois, nem se lembram daquilo que lhes foi pedido). Penso que, mais do que a quantidade de informação passada, deve-se ter em atenção a qualidade da informação.
    É consabido que um ser humano adulto consegue reter na memória uma pequena parte de toda a informação adquirida, depois de assimilar essa informação, tem obrigatoriamente de a consolidar na memória, só depois disso é que pode afirmar que assimilou a informação.
    Se estamos a falar de crianças, este processo ainda é mais lento.
    Também sabemos que não podemos estar constantemente a corrigir o erro do atleta, torna-se pernicioso para ele, já que, o atleta deve auto corrigir-se, para não causar demasiada dependência em relação ao treinador. O treinador deve sim, saber analisar quando o atleta não consegue corrigir-se pelos seus próprios meios, actuando pedagogicamente junto desse atleta.
    Mais importante do que os resultados, é a evolução de cada atleta, se os atletas evoluíram tacticamente e tecnicamente, podemos concluir que o treinador foi competente pedagogicamente e tecnicamente, se eventualmente não existir uma evolução dos atletas, conclui-se que o treinador foi incompetente. E nesse caso leva-se o desgraçado à guilhotina.

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  4. Amigo Paulo, bem que me avisaram que tu levavas o portátil e o dicionário para o wc antes de fazeres os comentários. E eis que surge a prova! Tive de fazer scroll down dezenas de vezes para poder ler todo o teu texto… Assim, não há rato que aguente! Brincadeira à parte, quero dizer-te que pela primeira vez, foram tristes e descabidas as tuas longas palavras! E passo a explicar: NUNCA quis crucificar quem quer que seja com o meu primeiro comentário! Pelo contrário, utilizei a expressão – “sem culpabilizar alguém” – já para afastar qualquer tipo de polémicas. O objectivo foi simplesmente obrigar o grupo de trabalho (treinador e jogadores incluídos – sim, porque eles são pequenos mas já sabem ler blogues) a fazer uma reflexão sobre este tipo de lance. Claro que é preciso VER MUITOS JOGOS das escolinhas para perceber porque era importante reflectirem. Quem, como tu Paulo, vê um jogo das escolas de longe a longe, não é obrigado a saber que já sofremos mais de uma dezena de golos desta maneira!
    Sobre o trabalho do Fábio ou dos nossos escolinhas, sou o primeiro a criticar quando é preciso e o primeiro a enaltecer quando é merecido! E a bem da verdade, elogio mais do que critico. Mas faço-o sempre pessoalmente e dentro do balneário. Em suma, parece-me que se alguém está a ser crucificado aqui, esse alguém sou eu! Crucificado e mal entendido…
    Resumindo e para quem ainda não percebeu o que se está a passar:
    Eu acho que nos cantos devemos marcar em cima o jogador que previsivelmente vai receber a bola. Aproveitando a imagem apresentada, o nosso jogador B, neste momento, já deveria estar junto do atleta que acabou por marcar o golo. Mister José, neste como em todos os outros golos que sofremos deste modo, não está em causa a distância regulamentar. Com o atleta B junto ao adversário, este nunca teria a liberdade para rematar como rematou (ou como remataram os outros nos outros jogos). Para ganhar espaço seria obrigado a aproximar-se do marcador do canto (fazer uso da regra da distancia), mas consequentemente perderia ângulo de remate.
    Meus amigos, eu admito que não entendo nada de futsal, mas julgo que se deveria esquecer de uma vez por todas essa mania de, nestes lances, posicionar os nossos jogadores num habitual quadrado.
    Fico a aguardar a resposta dos meus caríssimos amigos… Sejam meiguinhos e eu deixo-vos tratarem-me por tu! :)

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  5. Caríssimo rui:

    Quando afirmas:

    “ Ironias à parte, onde queria chegar é que (sem querer culpabilizar alguém) já tínhamos a obrigação de não sofrer golos desta maneira! Não é um, não são dois nem três…”

    Estás implicitamente a culpabilizar o treinador, mesmo que afirmes o contrário, as tuas palavras desmentem-te.
    Não é preciso ser muito inteligente, para saber ler nas entrelinhas.
    Quando o conjunto falha tacticamente e sempre da mesma maneira, a responsabilidade recai no treinador, nunca, mas nunca, se poderá responsabilizar os jovens atletas. Eles estão em fase de aprendizagem, podem errar centenas de vezes, que nunca serão responsabilizados, (assim manda o bom senso).
    Em minha opinião, (e correndo o risco de ser triste e descabido mais uma vez, em tua opinião, é claro!), não faz sentido absolutamente nenhum este tipo de discussão. Não vem acrescentar valor ao conjunto, antes pelo contrário, vai criar ressentimentos, mal entendidos, amuos, e até, vê lá bem, afirmações levianas da tua parte, acerca de uma opinião pessoal, (sempre tive por ti e ainda tenho, não é por uma afirmação infeliz da tua parte, que me vai fazer mudar de opinião, um sentimento bastante positivo, se me permites?)

    Em relação ao dicionário e à casa de banho, tenho a dizer uma coisa:
    Sempre foi meu intuito, (e vai continuar a ser, quer gostes ou não), levar os debates para um patamar um bocadinho acima do vulgar, e se para isso, tu e as outras pessoas têm de pegar num dicionário, nada me deixa mais feliz, porque é sinal, que tu e essas pessoas querem aprender um pouco mais, (se me permites a minha imodéstia).

    Espero não te ter maçado com o meu comentário, e continua a escrever que tens aqui um admirador atento e bem-intencionado.

    Espero que a paz regresse ao teu coração.

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  6. Bom dia Paulo,
    Isto até está a dar uma novela engraçada! Mas ainda bem que isso acontece, porque é desta maneira que damos vida ao blogue! Olha Paulo, digo isto com toda a honestidade: pode até ser essa a interpretação que se faz das minhas palavras, mas mais uma vez insisto: não pretendi culpabilizar o treinador nem ninguém em particular! Apenas forçar a reflexão sobre algo que, na minha opinião, já não deveria acontecer. E tenho um bom argumento para te provar que não pretendo responsabilizar o treinador: tu conheces-me bem e se há pessoa que não tem problemas em criticar o mister sou eu! Infelizmente até já saímos prejudicados (perdemos o “treinador encartado”) por eu ser demasiado intempestivo nas minhas críticas. Independentemente disso Paulo, eu tenho a certeza que basta tu quereres para reconheceres o seguinte: Mesmo que eu estivesse implicitamente a responsabilizar o Fábio por aquilo que eu considero UM (único) erro técnico-táctico, isso NUNCA significaria que estava a por em causa o seu trabalho, empenho e paciência em prol dos nossos miúdos. Vá lá Paulo, faz um esforço para admitir que irreflectidamente inflacionaste o meu comentário...
    Desconfio que andas a ser influenciado por esse “venenoso” administrador de blogues, treinador de profissão, que descapitaliza todos os meses os Restauradores com o ordenado chorudo que recebe!
    P.S. A provocação da casa de banho e do dicionário foi mesmo a brincar! Sou teu fã e leio sempre os teus comentários, mesmo até quando o assunto não me interessa tanto. Alias, sei que vais ficar desiludido, mas eu sou o único residente que lê os mesmos! Hehehe
    P.S. 1 A parte do venenoso e do ordenado também é a brincar...(não vá as vezes o diabo tece-las)

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